O Perspectivismo Vertiginoso do Teatro Oficina e O Sonho-Semente de Zé Celso de Um Teatro Por VirVanessa Ramos-Velasquez entrevista Zé Celso no Teatro Oficina
Vanessa Ramos-Velasquez entrevista José Celso Martinez Corrêa (Zé Celso) em 20 de março 2019 no Teatro Oficina, durante a temporada de "Roda Viva" de Chico Buarque.
Durante a entrevista, a partir de minha pergunta sobre a magnífica árvore dentro do Teatro Oficina, Zé Celso se levanta, me pegando de surpresa tendo que seguí-lo, eu e Eliza Capai, a quem contratei para me ajudar nesta gravação. Havíamos montado duas câmeras em tripé, porém, Zé Celso percorre afetivamente e vertiginosamente o espaço teatral do Teatro Oficina, descrevendo como ele próprio, o espaço é performático. Zé Celso e Teatro Oficina se fundem em um só corpo perspectivista. Ele descreve os elementos-chave que compõem o Teatro Oficina, contribuídos por Lina Bo Bardi – musa-gênio-parceira de Zé Celso na criação arquitetônica. Flávio de Carvalho por sua vez faz sua própria oferenda de proteção ao Teatro. No decorrer da entrevista, a relação de Zé Celso com os elementos da natureza se mostra como base-terreiro fundamental por trás do êxtase provocado pelos seus espetáculos teatrais. Na mesma intensidade, descreve seu grande sonho: “O Anhangabaú da Feliz Cidade, projeto de revivescência do bairro do Bexiga"1 – pelo qual lutou durante toda sua vida. Tendo digerido as duas horas de nossa conversa, decidi incluir esse “sonho-semente” no título desse video pois para Zé Celso, a utopia é vida.