Exposition

The Body That Never Was (last edited: 2025)

Giselle Hinterholz

About this exposition

en
This project was born from an old discomfort, but only found form when the body — finally — began to speak. A body that, for years, was shaped by obedience, guilt, and restraint. A body that served more to please than to exist. The Body That Never Was is not merely a visual installation. It is a passage. Each frame carries fragments of a story interrupted, silenced, violated — but once told, it becomes a material of resistance. These pieces are not illustrations of pain. They are gestures of defiance. They are symbolic bodies constructed from layers of memory, lived experiences, open wounds, and poorly healed scars. Within them, there are traces of abandonment, escape, abuse, and the absence of protection. But there is also something else: the impulse to persist. The project arises from deeply personal stories, yet it offers a mirror in which other women may recognise their own paths — without fear, without shame, without the guilt inherited from centuries of silence. Here, art does not seek to console. It seeks to expose what was hidden, to name what was smothered, and to open space for other possible forms of existence. More than a healing process, this project is a rite of insurgency against the mechanisms that perpetuate pain as destiny. Here, the wounded matter rises as discourse.

pt
Este projeto nasceu de um desconforto antigo, mas só encontrou forma quando o corpo — finalmente — começou a falar. Um corpo que, por anos, foi moldado pela obediência, pela culpa, pela contenção. Um corpo que serviu mais para agradar do que para existir. O Corpo que Nunca Foi não é apenas uma instalação visual. É uma travessia. Cada moldura carrega fragmentos de uma história interrompida, silenciada, violentada — mas que, ao ser contada, transforma-se em matéria de resistência. As peças não são ilustrações da dor. São gestos de enfrentamento. São corpos simbólicos criados a partir de camadas de memória, de experiências vividas, de feridas abertas e cicatrizes mal formadas. Há nelas vestígios de abandono, de fuga, de abuso, de ausência de proteção. Mas há também outra coisa: o impulso de continuar. O projeto parte de histórias profundamente pessoais, mas oferece um espelho onde outras mulheres possam reconhecer as suas próprias trajetórias — sem medo, sem vergonha, sem a culpa herdada de séculos de silêncio. Aqui, a arte não quer consolar. Quer escancarar o que foi escondido, nomear o que foi abafado, e abrir espaço para outras existências possíveis. Mais do que um processo de cura, este projeto é um rito de insurgência contra os mecanismos que perpetuam a dor como destino. Aqui, a matéria ferida se ergue como discurso.
typeresearch exposition
keywordscorpo simbólico, memória corporal, violência silenciada, submissão e ruptura, poética da ausência, fragmento e reconstrução, silêncio como discurso
date19/04/2025
last modified27/05/2025
statusin progress
share statuspublic
affiliationMestrado Fotografia Lusófona
copyrightGiselle Hinterholz
licenseAll rights reserved
languageEuropean Portuguese
urlhttps://www.researchcatalogue.net/view/3584634/3584635
external linkwww.gisellehinterholz.com

References

  • Hinterholz, Giselle, “Projeto Mestrado Fotografia” [accessed 19 April 2025]

Copyrights


Comments are only available for registered users.