Invisibles Database
Nos dias 3 e 4 de outubro de 2024, no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS/FBAUP), no Porto, a exposição Invisible Databases surgiu como um atlas de invisibilidades - dados, pessoas, relações e acontecimentos abafados pelas complexidades do mundo. Reunindo os trabalhos de Ana Ribeiro, Felipe Argiles e Orlando Vieira Francisco, Invisibles Database desenvolve-se no contexto do seminário “Desperfilar as artes visuais, o objeto enlouquecedor e o movimento das coisas”, onde a investigação é traduzida para a prática artística como forma de escuta, denúncia e compreensão.
As obras exploram os sistemas de controle — checkpoints, algoritmos, perfis — para revelar os mecanismos que moldam e silenciam corpos e territórios. Aqui, os artistas deslocam o olhar, recusam a normatividade do perfil, e convocam o “objeto enlouquecedor” como figura de potência e desestabilização.
Entre imagens, matéria e ausência, Invisible Databases trabalha nessa transdisciplinaridade de resistência poética onde os dados se tornam ruído, o arquivo se desfaz em fragmentos e o invisível ganha corpo.