Construir coletivamente respostas à crise habitacional contemporânea, é tambem pensar na crise climática e sistêmica atual. Passa a ampliar a discussão e o pensamento crítico sobre a produção dos espaços em nossos territórios e criar mecanismos de ações afetivistas.
Se, na experiência do SAAL, a descentralização das ações e o diálogo direto entre as brigadas de profissionais e as associações de moradores apontou para outras formas de construir e habitar o território, 50 anos depois é preciso reinventar um chão comum entre técnicos, poder público e sociedade civil organizada.
Uma vez mais, o caminho passa pela construção de casas, sim, mas, em sentido de urgência, construir pensamento popular, em coletivo.
O trabalho “1/65” habita um lugar do meio entre a delicada precisão de um origami casa-autoconstruída, e a passando pelos mecanismos de disseminação de informação utilizados pelos movimentos sociais de luta por habitação. É um convite para corporificar o debate e repensar o nosso papel de cidadãos como central na construção de outros futuros possíveis.